sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A ruindade da gestão Haddad: 2015 promete!

Iniciada a segunda metade do mandato de Fernando Haddad, é preciso ser didático e inteligível na oposição que fazemos ao prefeito de São Paulo. Primeiro, deixar claro que não somos contra só pelo fato dele ser do PT, ainda que o modus operandi petista mereça ser combatido. Segundo, mostrar que existe vida inteligente fora desse mundinho polarizado entre PT e PSDB.

Embora os confrontos binários (rico x pobre, centro x periferia, carro x bicicleta, meio ambiente x moradia) ajudem a perpetuar a simbiose entre petistas e tucanos, é crescente a rejeição a esses dois pólos tradicionais. Não por acaso, surge um bloco inédito com PPS, PSB, PV e Solidariedade.

Fazemos oposição ao prefeito pela sua ruindade. Haddad é o pior gestor que o paulistano tem lembrança nos últimos trinta anos - e repare que não é tarefa simples superar todas as dificuldades que enfrentaram Kassab, Serra, Marta, Pitta, Maluf, Erundina, Jânio.

Vamos aos fatos? Anunciar que o ônibus vai custar R$ 3,50 a partir de 6 de janeiro, um aumento de 17% em pleno período de festas de fim de ano, férias escolares e recesso parlamentar, é uma canalhice.

Pior: promover esse reajuste após uma auditoria revelar que, ao invés do aumento, o custo do transporte poderia ser reduzido se houvesse uma gestão minimamente eficaz e responsável no cumprimento do contrato em vigor (que segue prorrogado indefinidamente por incapacidade administrativa desta Prefeitura).

Outra ruindade de Haddad, travestida de bondade, foi a anunciada "redução do aumento do IPTU". Depois de criar uma expectativa de reajuste de até 20% do IPTU residencial e 35% do comercial, a Prefeitura estabeleceu um "teto" de 10% para imóveis residenciais e 15% para pontos comerciais, como já era previsto em 2014, e ainda aumentou o ITBI, que passa de 2% para 3% em 2015.

É óbvia a rejeição a qualquer aumento abusivo, fora o impacto na inflação. Então o marketing do PT inventou uma historinha (que parte da opinião pública acreditou) para reduzir o fardo de um prefeito e de um partido que vão mal das pernas e precisam começar a construir o longo caminho da reeleição.

Não contente com o festival de incompetência e improviso ao implantar faixas para ônibus e bicicletas sem critério, sem diálogo e sem planejamento, Haddad aprontou mais uma: liberou as ciclovias para skates, patins, patinetes e até cadeiras de rodas (!?).

Ou seja, o desvirtuamento das ciclovias e ciclofaixas virou lei por decreto do próprio Haddad! É um atestado do insucesso do abominável homem-das-faixas e a institucionalização do caos.

O mesmo problema acontece com as áreas de mananciais invadidas por movimentos partidarizados pró-moradia. A Prefeitura diz não ter dinheiro para implantar os parques prometidos. Resultado: para a especulação imobiliária, tudo! Para a qualidade de vida, nada?

Necessidade prioritária de qualquer metrópole que se pretende moderna, civilizada e sustentável acaba ridicularizada pela inabilidade de um prefeito desqualificado. Por sorte de Haddad, os militantes do MTST ainda não perceberam que o espaço mais ocioso da cidade, portanto sujeito à ocupação, é a cadeira de prefeito.

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