quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dilmacunaíma no país das mentiras e dos corruPTos

Quer dizer então que Dilma Rousseff coloca em dúvida o CARÁTER de Marina Silva, enquanto o presidente do PT, deputado Rui Falcão, se diz indignado com a campanha de Marina (e não de Dilma), que "partiu para a baixaria"?

Eita! Esse pessoal não tem vergonha na cara, mesmo, né? Surreal!

Macunaíma é o herói sem nenhum caráter. Dilmacunaíma, a candidata, idem. Um é fruto da obra de ficção do escritor Mário de Andrade. Outra, do publicitário João Santana. Os dois representam o povo brasileiro, cada um à sua maneira, cada qual à sua época.

O trágico é que, como filhos do Macunaíma da literatura, são os eleitores - fazendo jus a essa brasilidade - que parecem ter preguiça cada vez maior de votar na nossa anti-Dilmacunaíma.

A mulher que verdadeiramente é a cara do Brasil, que nasceu "no fundo do mato-virgem", lá na Amazônia, e é "preta retinta e filha do medo da noite": Marina Silva, sobrevivente do Seringal Bagaço, alfabetizada aos 16 anos, que escapou da morte e da miséria para virar referência mundial da nova (e boa) política.

Triste realidade. A mentira vai vencer a verdade? O medo vai se sobrepor à esperança? As vozes das ruas e das redes vão se calar nas urnas?

Porque até agora seguem prevalecendo os heróis mentirosos, traidores da própria história, que praticam muita safadeza e abusam de um linguajar peculiar, metafórico e postiço.

Fruto de mitos e lendas, Dilmacunaíma também perdeu seu amuleto, sua pedra muiraquitã, como perdemos nossa Petrobras, destruída e dilapidada.

Mas, no fim, resta ainda uma constelação - símbolo emblemático também da nossa política e daquele partido da estrela no governo, cheio de figuras de maior ou menor brilho, mas que não significa nada que sirva minimamente aos brasileiros. Perdeu-se num buraco negro. Virou lenda.

PT, quem te viu, quem te vê...

Desculpa, mas diante de tanta dissimulação e safadeza, quando é questionado o caráter da candidata Marina Silva pela outra candidata-presidenta numa campanha sem caráter, não resta outra coisa a fazer a não ser enfrentar esse governo Piaimã, comedor de gente e destruidor de sonhos.

Parafraseando o aviso típico das novelas, dessa vez "qualquer semelhança com a coincidência é mera realidade".

Quer logo três exemplos dessas anedotas, safadezas e crendices? Leia: