segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Vamos falar da eleição sem meias palavras?

Sejamos claros: quanto mais candidatos à Presidência da República em 2014, melhor! Além de mostrar que existe vida inteligente na política nacional fora da cooPTação governista, oferece uma gama diversificada de opções para inaugurar um novo período "pós-PT".

O nome de Aécio Neves está consolidado no PSDB, assim como também parece irreversível a candidatura de Eduardo Campos pelo PSB - que o PT insiste (e erra!) em menosprezar. Tratamos desse tema da sucessão presidencial no texto Feliz 2014: o Ano Novo começa nesta semana!

Duas dúvidas vão persistir por mais alguns dias: Marina Silva tem até 5 de outubro para oficializar a Rede Sustentabilidade ou decidir pela filiação a outra legenda para poder disputar a eleição do próximo ano. A mesma data é o limite para José Serra escolher entre permanecer no PSDB e se conformar em disputar uma vaga na Câmara ou no Senado, ou se filiar ao PPS e tornar-se outra vez presidenciável.

Muita gente tem questionado o posicionamento do PPS exatamente por incentivar, ao mesmo tempo, todas essas candidaturas: o partido pode apoiar Aécio, Eduardo, Serra ou Marina - e qualquer deliberação para 2014 será absolutamente legítima e coerente (leia aqui uma boa resposta sobre esse questionamento).

Hoje é humanamente impossível antecipar a decisão do TSE: vai vetar o partido de Marina Silva por problemas meramente burocráticos ou dará razão ao argumento de que os cartórios não cumpriram o prazo de conferência e rejeitaram assinaturas sem justificativa?

Ninguém na #REDE quer falar em "plano B" - e estão certíssimos! A própria Marina foi clara na explicação: "Vocês já viram alguém indo para o altar com um noivo ou uma noiva e alguém pergunta: e se ele enfartar? E se acontecer alguma coisa, o que ele vai fazer? Ah, estou de olho ali na vizinha, tenho um plano B".

Todos estamos torcendo - e colaboramos inclusive na coleta de assinaturas - para a oficialização da Rede Sustentabilidade. É bom para o Brasil, é saudável para a democracia. Mas todos sabemos que se o novo partido da Marina não sair, ela tem no PPS uma opção para disputar a Presidência da República em 2014. Se ela vai querer ou não, é uma outra história. Mas a própria Marina já falou sobre a possibilidade (leia).

Também o tucano José Serra parece de certa forma esperar pela decisão de Marina para definir o seu próprio futuro: se a #REDE não sair e Marina não se filiar a nenhum partido, abre-se um vácuo na sucessão presidencial com a sua ausência. Quem vai ocupar esse espaço?