segunda-feira, 23 de julho de 2012

Soninha segue em 3º na corrida à Prefeitura de SP

A candidata da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", Soninha Francine (PPS), segue em terceiro lugar com 7% na pesquisa Datafolha para a Prefeitura de São Paulo.

O levantamento realizado nos dias 19 e 20 de julho registra o crescimento do candidato do PRB, Celso Russomanno, apenas quatro pontos abaixo do líder José Serra (PSDB), que aparece com 30% das intenções de voto para prefeito. Russomanno tem 26%. Há o chamado "empate técnico", dentro da margem de erro de três pontos, para mais ou para menos.

Na terceira colocação aparecem novamente empatados Soninha Francine (PPS) e Fernando Haddad (PT), ambos com 7% - apesar do empenho da máquina e do esforço da mídia para mostrar uma polarização que não existe entre tucanos e petistas.

Na sequência, embolados dentro da margem de erro, aparecem Gabriel Chalita (PMDB), com 6%; e Paulinho da Força (PDT), com 5%.

Esta é a primeira pesquisa Datafolha após a oficialização das candidaturas e o início das campanhas de rua. É a primeira também sem o nome de Netinho de Paula (PCdoB).

Clique na arte abaixo para ampliar:


Alguns detalhes chamam atenção nos gráficos e números acima. Primeiro, o favorecimento da Folha de S. Paulo ao candidato petista Fernando Haddad: em vez de colocar a "carinha" dele e de Soninha Francine lado a lado, já que ambos aparecem empatados (nas três últimas pesquisas, diga-se), coloca sempre o ex-ministro acima da ex-vereadora. Freud explica; a Folha, não.

No texto de análise da pesquisa, assinado pelo editor-assistente Ricardo Mendonça, publicam que Soninha Francine é do PDT. Mais que um descuido, um descaso. Fruto, talvez, da aposta do jornal na tal "polarização" furada entre tucanos e petistas (porque raios Serra e Haddad tem presença diária nas páginas da Folha, enquanto Soninha e até o vice-líder Russomanno mal aparecem?).

Outro destaque: No "grau de conhecimento", surpreende que 22% afirmem conhecer a candidata Ana Luiza (PSTU), por exemplo, e que ela apareça com 1% de intenção de votos na pesquisa estimulada. Mais fácil supor que 1% do eleitorado pesquisado a tenha confundido com Luiza Erundina. Ou não? Até porque o partido não é mostrado ao eleitor pesquisado.

Mais informações a ressaltar: 61% dos eleitores votariam (40% com certeza, 21% talvez) no candidato indicado por Lula. Outros 60% (33% com certeza, outros 27% talvez) no candidato de Dilma. E o vitaminado (pela mídia e pela máquina) candidato Haddad não passa dos 7% - num vexatório empate com a ex-petista Soninha Francine, que não tem mídia, não tem máquina e ainda é atacada diariamente pelo exército virtual PTbull nas redes sociais.

Alguns motivos talvez expliquem a tragédia Haddad: 1) Foi um ministro da Educação inexpressivo, apesar de atravessar os 8 anos de Lula e o primeiro ano de Dilma. 2) Foi secretário de Finanças da gestão Marta, que criou inúmeras taxas impopulares na gestão petista; 3) Dos pesquisados, 77% dizem que jamais votariam num candidato apoiado por Maluf (embora outros 23% pudessem votar num candidato malufista, 11% com certeza e 12% talvez). 4) O desconhecimento, apesar do esforço da mídia e do reforço da máquina. 5) A pura e simples falta de carisma, sem contar o despreparo. 6) A imposição de Lula, que resultou na defenestração de Marta e Luiza Erundina da campanha.

Conclusões: os grandes derrotados, até agora, são aqueles que apostavam na polarização entre PT e PSDB. Estávamos certos quando fazíamos a leitura (desde 2010) do vácuo existente entre essas duas opções desgastadas. Somados, petistas e tucanos são votados hoje por 37% dos paulistanos. As opções de "terceira via" são escolhidas por outros 45% (se contarmos 26% de Russomanno, 7% de Soninha, 6% de Chalita, 5% de Paulinho e 1% de Giannazi). Isso sem falar dos 6% de indecisos e 11% de votos brancos ou nulos.

Resumindo: todos estão no jogo! Façam as suas apostas...